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domingo, 17 de maio de 2009

timao volto de vez ronaldo tambem


O orgulho voltou. A torcida que nunca abandonou o Corinthians passou também a novamente desfilar com os uniformes (agora repletos de patrocinadores) de sua equipe pelas ruas de São Paulo. Nos semáforos, bandeiras com o distintivo do campeão paulista de 2009 são os produtos preferidos de vendedores ambulantes. Não restam dúvidas de que o time rebaixado à Segunda Divisão há dois anos virou outra vez um Timão. Com direito à presença de um ídolo de todos os brasileiros no elenco, a convincentes vitórias sobre rivais e à euforia nas arquibancadas dos estádios onde joga e nos alambrados do campo onde treina.
O planejamento voltou. Mas ao modo do Corinthians. Para formar um elenco campeão, Andrés Sanchez se preocupa em não confundir paixão com profissionalismo desde que assumiu a presidência. Nem sempre obteve sucesso. O mandatário já chorou copiosamente após o rebaixamento da equipe em 2007 e faz questão de valorizar a boa relação que mantém com as torcidas organizadas do clube. Chegou até a se licenciar e internar em uma clínica recentemente, com a justificativa de tratar do coração corintiano. Ao mesmo tempo, no entanto, Sanchez incentivou ações inovadoras do seu departamento de marketing e aproximou-se de grupos de empresários. Foi assim que conseguiu de maneira surpreendente contratar o atacante Ronaldo no final do ano passado. "O futebol de hoje não sobrevive sem a figura do empresário", diz.
A idolatria voltou. A chegada de Ronaldo ao Parque São Jorge resgatou a paixão dos corintianos pelo craque da equipe. Mesmo quando o atacante ainda estava muito distante de sua forma física ideal, as lojas do Corinthians não paravam de vender camisas com o seu nome e o número 9 impressos às costas. As letras "R", "O", "N", "A", "L" e "D" logo ficaram em falta nas estamparias. Cerca de 6 mil torcedores recepcionaram o astro no Parque São Jorge no dia 12 de dezembro de 2008, com músicas especialmente parodiadas para ele. Ronaldo, então, ficou entalado ao vestir a camisa da principal organizada do clube e juntou-se ao bando no discurso: "Sou mais um louco".
A confusão voltou. Louco ou não, Ronaldo se mostrou polêmico logo em seus primeiros meses de Corinthians. Assim como eram Ronaldo (o ex-goleiro), Neto, Marcelinho Carioca, Casagrande e tantos outros. No caso do ídolo atual, as principais críticas sempre foram à sua vida particular - que ele protege como pode. "O que eu faço fora de campo não diz respeito a ninguém. Preciso dar satisfação nos treinamentos e nos jogos. Se eu faltar algum dia, aí o presidente, a torcida e a imprensa podem me cobrar", afirmou pouco depois de sua contratação. Ronaldo deu motivos para ser cobrado. Concentrado com o Corinthians em Presidente Prudente (SP), o jogador passou toda a madrugada do dia 27 de fevereiro em uma boate na companhia do então diretor técnico Antônio Carlos e não treinou pela manhã. Acabou multado. O dirigente, demitido.
O terrão voltou. Apesar da confusão, o relacionamento de Ronaldo com seus companheiros de equipe continuou inabalável. Principalmente com os novatos. O atacante Dentinho, por exemplo, foi apontado como jovem "mais promissor" do país pelo astro e é um dos seus companheiros prediletos nas concentrações. Foi para defendê-lo que Ronaldo cometeu falta dura sobre o zagueiro são-paulino André Dias nas semifinais do Campeonato Paulista. Aos olhos de Dentinho e dos demais pratas da casa (como o zagueiro Diego, que enfrentou o Santos na decisão), o destaque do Corinthians é um exemplo a ser seguido. A inspiração já havia sido positiva no início do ano, quando os agora profissionais Boquita, Marcelinho e Bruno Bertucci foram campeões da Copa São Paulo.
-->Marcelo Ferrelli /Gazeta Press
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O atacante Dentinho é o mais experiente dos pratas da casa a serviço do Corinthians
A raça voltou. A mescla da experiência de Ronaldo com a juventude do restante do elenco não foi suficiente para que o Corinthians derrotasse seus adversários no Campeonato Paulista com facilidade. Embora tenha ostentado uma invencibilidade de 25 jogos em 2009, até perder para o Atlético-PR pela Copa do Brasil, a equipe precisou se superar em diversas ocasiões para não ser derrotada. A começar pela estreia no Campeonato Paulista, em que sofreu dois gols do Barueri e só alcançou o empate aos 43 minutos do segundo tempo. Em clássicos, a angústia se repetiu. André Santos e Ronaldo garantiram igualdades por 1 a 1 contra São Paulo e Palmeiras na fase classificatória, pouco antes do final dessas partidas. O Tricolor dificultou para o Corinthians também no primeiro jogo da semifinal. Do jeito que a torcida gosta, 'maloqueiro e sofredor', Cristian fez o gol da vitória por 2 a 1 aos 47 da etapa complementar e cruzou os braços, com os dedos médios em riste, para comemorar.
O freguês voltou. As vitórias sobre o São Paulo fizeram a torcida do Corinthians resgatar provocações como essa - bastante endereçada ao rival no final da década de 1990 e início dos anos 2000, quando o time do Parque São Jorge conquistou importantes vitórias sobre o do Morumbi. Nos últimos tempos, quem havia se acostumado a ouvir os gritos de "freguês" foram os corintianos. Mas as gozações, que atingiram o auge com o rebaixamento em 2007, acabaram em 2009. O Corinthians conquistou o seu 26º título paulista neste domingo, superando os seus maiores rivais.
O Coringão voltou. E Ronaldo também.

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